Distinção entre Eutanásia e Ortotanásia

Crescente é o numero de pessoas que é a favor da eutanásia direta. Estas pessoas, influenciadas pela opinião da mídia, alegam que o paciente tem que ter uma morte digna, livre do sofrimento. Esta afirmação é correta, toda pessoa deve ter uma morte digna. Mas, não precisa matar para se ter uma morte digna e livre de sofrimento. Existe uma diferença entre matar e dar o direito da pessoa morrer. Isso se chama ortotanásia, morte natural, obstinação terapêutica ou eutanásia passiva.
O mundo hoje é marcado pela morte. A cada dia, mais países aprovam leis que incentivam o aborto, suicídio e a eutanásia. E por isso é crescente o número de mortes e a diminuição de nascimentos, fazendo com que aconteça um fenômeno que especialistas denominam como “implosão demográfica”. Atualmente muitos países do mundo aceitaram a eutanásia, como forma de se “livrar” de um paciente mais rápido. E isto, olhando no ponto de vista cristão, humano, moral, médico é considerado uma barbárie. Por que ninguém tem o direito de tirar a vida de um ser humano em estado algum.
Sabemos que existem muitos casos delicados, pessoas que estão em uma cama há mais de 20 anos. Famílias abaladas pelo sofrimento. E gente que vive em um hospital. A Igreja, não quer o sofrimento dos seus filhos, ela sabe o quanto dói ter um ente querido à beira da morte. Por isso não dispensa a possibilidade de deixar a pessoa morrer naturalmente, isto está no Catecismo da Igreja Católica. Vejamos:

2278. A cessação de tratamentos médicos onerosos, perigosos, extraordinários ou desproporcionados aos resultados esperados, pode ser legítima. É a rejeição do «encarniçamento terapêutico». Não que assim se pretenda dar a morte; simplesmente se aceita o fato de a não poder impedir. As decisões devem ser tomadas pelo paciente se para isso tiver competência e capacidade; de contrário, por quem para tal tenha direitos legais, respeitando sempre a vontade razoável e os interesses legítimos do paciente.
2279. Mesmo que a morte seja considerada iminente, os cuidados habitualmente devidos a uma pessoa doente não podem ser legitimamente interrompidos. O uso dos analgésicos para aliviar os sofrimentos do moribundo, mesmo correndo-se o risco de abreviar os seus dias, pode ser moralmente conforme com a dignidade humana, se a morte não for querida, nem como fim nem como meio, mas somente prevista e tolerada como inevitável. Os cuidados paliativos constituem uma forma excepcional da caridade desinteressada; a esse título, devem ser encorajados.


Portanto, é lícito deixar o paciente morrer com dignidade, visto que seja assistido por pessoas competentes e que não o deixe sofrer. É importante falar isto porque muitos confundem a eutanásia com a ortotanásia, pensam que morte digna é assassinato. A eutanásia tira os meios básicos de sobrevivência da pessoa, em alguns casos tiram o ar, outros tiram a comida, outros até aplicam medicamentos. Que dignidade é esta? Morrer de fome? Sem ar?
A Igreja compreende o sofrimento humano e por isso não quer que o homem sofra. Seja durante a vida seja à beira da morte, o homem deve ser respeitado como filho de Deus.


Matheus Barbosa

1 Comment:

Anônimo disse...

INTERESSANTE!!!!!!

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