Estes dias, estava eu no banco, na fila pra variar, quando chega um deficiente físico, e vai para a fila de atendimento preferencial. Até aí tudo bem, tranqüilo. Vejo que é um grande passo da sociedade em se preocupar com o conforto de certas pessoas que têm necessidades especiais. Por outro lado vejo que alguns tiram desta bela atitude uma conclusão errônea do que realmente se deve tirar. Muitas pessoas, por verem os deficientes indo por filas preferenciais, acabam, as vezes até por ignorância, denominando-os de “coitadinhos”. Isso para mim é algo horrível. Esse “coitadinho” dá uma impressão de que a pessoa está a beira da morte, parece que é uma pessoa menor, com direitos diferentes dos outros. Quantas vezes você já ouviu (ou falou): “Deixa ele passar, coitadinho ele é deficiente”. Calma, as coisas não são bem assim. Eu acho um gesto lindo ajudar os irmãos que tem necessidades especiais, mas tratá-los de forma diferente é lamentável. Eles são seres humanos, como os que andam normalmente, vêem normalmente, falam, etc.
Até na minha sala tinha uma deficiente que eu a tratava como as outras pessoas. Conversava de modo normal, cumprimentava da maneira que cumprimentava os outros. Mas, havia aqueles que chegavam falando alto com a garota, como se ela fosse surda, sendo que na verdade ela tinha era problema em andar. Tinha outros que conversavam com ela como se fosse uma retardada mental. Outros forçava uma aproximação, talvez com medo de que fossem taxados de preconceituosos por não conversarem com ela. Eu já achava aquilo tudo uma coisa lamentável e sempre tentava “dar um toque” naqueles que faziam isto, mas chegou um dia que não precisei falar, e que da minha ultima carteira ri baixinho da cara de alguns, quando esta deficiente falou:
Até na minha sala tinha uma deficiente que eu a tratava como as outras pessoas. Conversava de modo normal, cumprimentava da maneira que cumprimentava os outros. Mas, havia aqueles que chegavam falando alto com a garota, como se ela fosse surda, sendo que na verdade ela tinha era problema em andar. Tinha outros que conversavam com ela como se fosse uma retardada mental. Outros forçava uma aproximação, talvez com medo de que fossem taxados de preconceituosos por não conversarem com ela. Eu já achava aquilo tudo uma coisa lamentável e sempre tentava “dar um toque” naqueles que faziam isto, mas chegou um dia que não precisei falar, e que da minha ultima carteira ri baixinho da cara de alguns, quando esta deficiente falou:
“Fulana, você pode falar comigo normalmente, assim como fala com os outros, por que apesar de eu não conseguir andar corretamente, graças a Deus isto não afetou nem minha inteligência nem minha dignidade.”
Eu ri de ficar vermelho...
Isto foi muito bom, porque muita gente mudou a forma de tratar esta menina. Passaram a respeitá-la como respeitavam os outros. Creio que muita gente não faz por mal, as vezes é até um excesso de “bondade ignorante” [se é que se pode chamar disto], mas é algo que precisa se combater, para que um dia possamos todos respeitar nossas diferenças com a certeza de que todos somos iguais na dignidade.
Matheus Barbosa
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