“Escancarai o vosso coração a Cristo”

Foi isto que nosso amado papa João Paulo II insistia aos jovens no Jubileu dos Jovens em 15 de agosto de 2000. Reafirmando o que tinha dito no início de seu pontificado em outubro de 1978. Tais palavras me incomodam. Isto mesmo, me incomoda. Faz-me sair do meu comodismo, sair da minha ‘vidinha’ e deixar Cristo entrar no meu coração. Papa João Paulo II foi um homem sábio a dizer isto. Pois vejo que nesta frase há algo muito além do que as palavras nos sugerem.
Podemos pensar que abrir o coração é algo simples. Passivo e até mesmo ‘normal’. Mas, na prática não é. Vemos que a palavra abrir já nos menciona uma ação da qual temos que tomar uma atitude. Assim como quando estamos na nossa casa, deitadinhos no sofá, toca a campainha temos que nos levantar e atender. Assim também é Jesus. Ele bate à porta e agora temos que sair do nosso sossego e abrir a porta. Aliás ! ESCANCARAR a porta. Vejo muito a diferença entre abrir e escancarar.
Essa palavra “escancarar” traz-me a lembrança de quando era criança e ganhei minha mesa de pebolim (totó, ou como preferir), e meu pai tinha dito que chegaria numa segunda a tarde. A ansiosidade tomou conta de mim, às 8 da noite do domingo eu já estava tentando dormi pra chegar logo o dia. Acordei, fui à escola, almocei e fiquei em casa. Nem saí pra brincar com os amigos. Estava esperando ela – a mesa. Deu 1, 2,3 da tarde e até que...Ding-dong. A campainha toca. É ela! A mesa tão esperada, já amada por mim antes de vê-la. Motivo da minha ansiedade! E quando abro a porta, um caminhão em frente minha casa. O rapaz da loja já ia me perguntar se era aqui o lugar para entregar eu já adiantei: “É sim moço, Entra!”
E quando olho atrás do jovem, estava outro, segurando caixas. Podia já ouvir o barulho dos plásticos da pequena mesa se atritando dentro da caixa. E quando ele se aproxima, nem deu tempo de ele mencionar uma palavra eu, sem medo, saí da frente e em um simples puxão, abri a porta ao máximo, escancarei a porta para deixar os rapazes entrar.
Que alegria senti. Aquela simples mesinha, sonhada, ansiada por mim, estava agora dentro da minha casa, prontinha para brincar com ela. Ah! que bom.
Bom ainda seria se todos fizessem o mesmo com Jesus. Bom seria se fôssemos como criança, assim como Jesus nos disse, para que quando Ele, o nosso amado, batesse à porta, abríssemos, ou melhor, escancarássemos para deixá-lo entrar.
Ele sim é nossa alegria, força e fé.
Hoje, seja diferente, deixe Jesus entrar na sua vida. Ele que bate, que espera e que não desiste de ficar à porta para um dia você o acolher.

Matheus Barbosa

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