"Não sou feliz, não vivo rindo..."

Nem Eu! Nem eu vivo rindo.
Afinal, quem vive?
Felicidade não é sair rindo de tudo e todos. Não sei se vocês já repararam, mas a vida não é fácil. E nem sempre ela nos oferece o humor necessário para que possamos gargalhar das situações.
Portanto, se fôssemos julgar felicidade pela quantidade de risadas que damos em algum dia, estaríamos arriscando dizer que não poderemos ser feliz nunca! E isto não é verdade.
Creiam: Felicidade não é gargalhar de tudo da vida. Pois gargalhar de tudo é no mínimo um desarranjo mental (pra não dizer demência).
O que é então ser feliz?

Primeiro temos que ter a certeza de que não teremos a felicidade eterna na terra. Não somos daqui. Somos cidadãos do céu. Fomos feito para Deus. Portanto, não está a felicidade completa nas coisas terrenas. Concluímos então, que somente a Força que vem do Alto, pode nos ajudar a sermos felizes enquanto vivermos aqui. Ou seja, sem Deus não há felicidade, nem na Terra nem em lugar algum.

Pude compreender a felicidade quando estava em um momento de dor profunda. Foi bem no meu sofrimento que compreendi que poderia ser feliz na dor. Poderia ser feliz na lágrima. Há alguns meses me encontrei com um sofrimento do qual agente pensa que nunca vai passar. Meu avô faleceu. Homem do qual amei profundamente enquanto ele viveu. Fui muito amado por ele também, sei disto. Para mim durante estes meus 17 anos que convivi com ele, pude aprender muito com seu exemplo de vida. Amava demais aquele que, mesmo com meus 17 anos, continuava sendo “o Vovô”. Mas, no dia 14 de maio de 2009, compreendi o quanto somos de carne. O quanto somos frágeis. A morte do meu avô repercutiu de tal modo em mim, que parecia que uma parte minha também morria. Algo meu estava sendo enterrado também. Meu vovô se foi, mas com ele foi algo meu. E quando me dei conta disto, chorei. E chorei muito. Lembrando de tudo que passamos, vivemos, sentimos juntos.
Senti a pobreza da nossa humanidade de perto.

O sofrimento que recaiu sobre mim e sobre minha família pareceu não dar visão para outros horizontes, tudo estava tão distante! Tão triste. E foi no meio disto tudo, em lágrimas, choros e soluços que vi que tiraram meu avô de mim, tiraram meu mestre, meu amigo, mas não tiraram aquilo que dele continuava em mim. Assim comecei a não reclamar ou perguntar o motivo dele ter ido, mas a somente agradecer por ele ter vivido todo este tempo comigo. Nisto compreendi que a felicidade não está em ficarmos parados nas lágrimas da vida, mas está em olharmos à nossa volta e percebermos todas as maravilhas que tivemos oportunidade de experimentar enquanto ainda sorríamos. Em outras palavras, a felicidade consiste em olharmos além daquilo que estamos vendo no presente.
Se hoje você chora, olhe o quanto ainda tem pra viver. Olhe e veja que tem um mundo a ser descoberto, experiências novas, sonhos, planos a serem concretizados. Existe uma montanha de coisas para gastarmos a nossa vida.

Chorar faz parte, e as vezes faz uma grande parte da vida, mas que mal tem chorar e viver? Tem gente que para na vida pra chorar, para sofrer. Ao invés de prostrar-se na vida, se prostre diante de Deus, diante do Santíssimo aí sim é o melhor lugar para chorar suas dores, mas parar na vida é o mesmo que dormir numa linha de trem: uma hora a coisa fica pior.
A vida é curta, sabemos disso, por isso chore, ame, sorria, cante, seja feliz! Deus te deu o dom da felicidade, descubra-o dentro de ti. Olhe os dons que têm, pare de reclamar das coisas que não tem e passe a ser feliz com aquele pouco que tem. Afinal, o pouco com Deus é tudo. Só Deus basta.

Matheus Barbosa

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