“A Maria somente Deus confiou as chaves dos celeiros do divino amor, e o poder de entrar nas vias mais sublimes e mais secretas da perfeição, e de nesses caminhos fazer entrar os outros.” (São Luis Montfort)
Tentando arrumar algum tema para escrever, fui olhar a quantidade de postagens por temas, e me assustei. Vi que havia escrito apenas um artigo sobre Nossa Senhora. Justamente eu, que tenho um profundo amor por Maria. Resolvi então escrever sobre este amor.
Creio que tudo começou na minha infância, sempre tinha na ponta da língua a “Ave-Maria” e a música “Mãezinha do Céu”. Depois na missa da minha primeira comunhão, lembro-me que tivemos que ensaiar a música “Maria da Minha Infância”, do Pe. Zezinho. Até hoje sinto algo diferente em cantar essas duas músicas, que me remetem à uma pureza tanto da minha infância quanto à Maria. Aliás, vejo que estas duas coisas se combinam e muito: Criança e Nossa Senhora. Digo isto pois, sempre sabemos que, por maior que o filho seja, sempre a Mãe diz: “Meu menino”. Com Nossa Senhora creio que também é assim, ela sempre me tratou como uma criança, me tomando no colo nas minhas quedas.
O tempo passou, e aos quinze anos tive uma experiência mais profunda com o amor de Deus. Passei a viver para o Senhor e a buscar mais viver o que Ele quer para mim. Mas, a minha relação com a Mãe não havia mudado, aliás, por minha parte houve um esfriamento que me fazia até esquecer-se de Maria em minhas orações.
Minha caminhada foi tomando maturidade e isso foi mudando, o meu amor e minha admiração por Maria começou a crescer quando li um livro muito bom chamado “O Evangelho Secreto da Virgem Maria”, um livro que foi escrito como se fosse Nossa Senhora contando a história de seu filho Jesus. Chorei lendo. Dali para frente tudo mudou, minha oração passou a ter uma parte toda especial para ela. E eu mesmo vi a diferença que estava fazendo este amor na minha oração.
Neste ano de 2010, fui à primeira vez em Aparecida-SP, sinceramente não tinha tanta curiosidade em ir, mas fui. Quando chegamos, primeiramente fomos visitar outras áreas e depois de algum tempo entramos na Basílica. Ao pisar já senti um clima diferente, algo místico uma sensação de “Estou em casa”. Nos direcionamos para o lugar que fica a imagem encontrada no rio por pescadores. Havia um grande número de pessoas perto, todas olhando para cima, e eu de longe pensei que ela estava longe demais. Aos poucos fui me aproximando e até que parei em frente a imagem. Naquele momento de poucos segundos, me pareceu uma pausa. E muitas coisas me passaram na cabeça. Na minha mente passou os pescadores pescando a imagem, e depois milagres e mais milagres. E agora eu estava ali, pertinho daquela imagem, que não era Deus, nem Nossa Senhora, mas era uma figura pela qual Deus havia se manifestado e continuava a manifestar. Olhando aquela imagem vi que ela era pequena, e mais ainda eu era. Eu estava diante do sagrado. Daquilo que a “Maria da Minha Infância” havia escolhido para se manifestar, na simplicidade de uma imagem, na cor negra da pele. Mostrando ser Mãe de todos independentemente dos aspectos físicos. Olhei para mim mesmo, para minhas limitações tanto físicas quanto interiores e me senti amado, amado por um amor de Deus, manifestado no amor de Maria. Sobraram-me algumas lágrimas nos olhos, minha boba timidez impediu que eu chorasse no meio daquela multidão. Mas, a Mãe viu.
Enfim, não consigo expressar tudo que senti, mas me esforcei. O que posso dizer, são os frutos desta experiência. O fruto do amor por Maria, que na minha história vejo que nunca me abandonou e me amou. Hoje, já não consigo fazer nada sem Maria. E faço desta frase um motivo para minha vida: “Tudo por Jesus, nada sem Maria.”
Matheus Barbosa
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